Liberdade

Janela aberta 2

Liberdade

 

A poesia

É uma janela aberta à liberdade

Uma falha na segurança

Que aproveito com habilidade

A minha poesia

Fala com frequência

De prisão

De evasão

Poderia dizer-vos

Que nunca estive preso

Mas mentiria

As prisões

Na minha vida são bem reais

Assim como as minhas tentativas

De evasão

Sou prisioneiro

Das minhas limitações

Das minhas faltas de coragem

Das minhas omissões

Mas cada vez que me sinto preso

Penso logo em evadir-me

E aí entra a poesia

Entram os passes de magia

Sou mestre nas ilusões

Sou um malabarista

Um prestidigitador

A poesia permite-me

Um escape à realidade

Para mim a poesia

É uma janela aberta à liberdade

Nela não há mentiras

Mas há muito pouco de verdade.

Hoje, Dia Mundial da Poesia, deixo-vos com um poema que tem a poesia como tema. Escrito em 2005, ainda não tinha saído cá de casa. Hoje abri-lhe a janela e deixei-o voar.

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

Poesia na cidade 2  Nós somos do mundo   Receitada pelo médico 

ou ir para o início.

Chegou-me a coletânea do  I Concurso Internacional de Poesia da Casa de Espanha.

Este concurso é uma iniciativa da Casa de Espanha – Núcleo Artístico-Cultural Federico Garcia Lorca, no Rio de Janeiro – Brasil. Deu-me mais uma oportunidade e a alegria de ver os meus textos divulgados e lidos.

Já me tinha chegado na semana passada. mas foi uma semana de muito trabalho e só agora houve disponibilidade mental para deixar aqui a notícia.

Para ler basta clicar nas imagens ou ver a publicação anterior.

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

      Apelo aos amigos    

ou ir para o início.

 

 

Poesia na cidade em papel

O Dia Mundial da poesia ficou este ano, para mim, marcado pela publicação na analecta da Biblioteca Municipal / Câmara Municipal de Condeixa do poema que aqui publiquei há um ano. Tinha sido selecionado no concurso de 2014.

Tive o gosto de ter estado presente na sessão que decorreu no sábado, dia 19 de março, na Biblioteca Municipal de Condeixa e que contou com agradáveis momentos de música e de poesia.

Foi um sábado cheio. Acompanhei três alunos da minha turma do 11º A às Olimpíadas da Geologia, que decorreram em Coimbra, e depois acompanharam-me eles a mim à sessão em Condeixa e gostaram de viver um sábado diferente.

Tinha já um poema na primeira analecta e, como gostei, repeti a dose.

 

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

    Prisma  Receitada pelo médico  Prémio Literário Hernâni Cidade  A Primavera 

ou ir para o início.

Poesia na cidade

Falo-vos da cidade em que resido

Cidade em que há palavras como ruas

E cada qual que busca um sentido

As recolhe e as usa como suas

.

Alamedas são ritmos no ouvido

As rotundas, os prédios… frases cruas

Uma estrofe é um bairro construído

Trabalhando, o poeta usa gruas

.

Em cada largo ou esquina muda o tema

Muda vírgula, ponto ou reticências

Na busca de beleza e de alegria

.

Quem cá vive dá corpo ao poema

Quem chega entra logo nas cadências

No ritmo da cidade, da poesia.

João Alberto Roque

Hoje é o dia mundial da poesia e senti que deveria colocar um poema… a opção recaiu neste. Espero que gostem.

O resto da “história” fica para outra oportunidade. Para todos um bom dia cheio de poesia.

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

Receitada pelo médico Prémio Literário Hernâni Cidade A Primavera As crianças

ou ir para o início.

Teatro

Inventão 2

No teatro, sobre o palco

Posso ser o que quiser:

.

Uma coroa na cabeça

Logo me transformo em rei

Rei de um reino distante

E que nunca visitei

.

Uma pistola de plástico

E sou um ladrão

Que foge às grades

De uma fingida prisão.

.

Cassetete e chapéu

E sou um polícia

Que desvenda crimes

Com grande perícia.

.

Um leme de barco

Sou um capitão

De um pedaço de madeira

Que está preso ao chão.

.

Ponho uma enxada ao ombro

E sou uma camponesa

Depois mudo de vestido

E já sou uma princesa

.

Faço uma cara de má

Passo a ser uma vilã

E para ser uma ovelha

Visto um casaco de lã

.

Posso ser o que quiser

Mas se a peça acabou

Eu fico muito feliz

De voltar a ser quem sou.

Cecília Roque

 

Este poema da Cecília venceu, no escalão do 3º Ciclo, o Concurso Literário Jovem promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo.

 

Foto: dramatização de um texto de Manuel António Pina – “A Arca do Não É” – pela turma do 7.º F da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, no dia Mundial da Poesia. Cecília era o Inventão.

 

É a segunda vez que a Cecília vence este concurso. Venceu quando estava no 1º Ciclo (4º Ano) com um texto em prosa – Uma  aventura no mar – e agora, que está no 7º Ano, na modalidade de poesia.

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

Uma aventura no mar A Primavera  Cecília e Sissi

MV  

ou ir para o início.

Palavras do Mundo – Fronteira

Mais um poema selecionado para publicação no Brasil.

Com e sem rede

Os oceanos ou as cordilheiras
Estão hoje mais fáceis de transpor
E o mundo ali todo ao dispor
Num tempo em que se esbatem as fronteiras

Conversa-se, alheios a bandeiras,
O mundo todo ali mesmo ao redor…
Porém, e não será um pormenor,
Todos os dias surgem mais barreiras

Levantam-se fronteiras de indiferença,
Picos gelados mesmo à nossa porta,
Mares com tempestade em nosso prédio…

Sim, cresce a solidão, essa doença,
Quando falta o carinho que suporta,
O gesto que seria o remédio.

João Alberto Roque

 

Cartonera

Concorri com este soneto ao concurso “UNILA Cartonera 2013” da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
Achei interessante a ideia deste concurso e o tema do poema foi inspirado na realidade da região – de fronteira – onde se situa aquela universidade tão especial, mas leva-nos a outras fronteiras mais difíceis de transpor.

A UNILA é uma universidade sedeada em Foz do Iguaçu, cidade brasileira na zona de fronteira, que integra uma área urbana com mais de 700 mil habitantes, constituída também por Ciudad del Este, no Paraguai e Puerto Iguazú, na Argentina, países com os quais a cidade faz fronteira, e dos quais está separada (ou unida) pelo Rio Iguaçu, onde se situam as Cataratas do Iguaçu, uma das vencedoras do concurso que escolheu as 7 Maravilhas da Natureza.
Os textos selecionados (em português e espanhol) foram publicados num livro produzido numa “oficina cartonera” que, ao que percebi, constitui um dinâmico movimento cultural na região, com a publicação de livros de forma artesanal.
A versão em pdf do livro (infelizmente sem a capa de cartão artesanal, que parece que vou eu tentar fazer) está disponível em
http://www.unila.edu.br/sites/default/files/files/TEXTO%20FINAL(1).pdf

 

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

 

O riocorria calmo    Uma história… a feijões ou um fundo de verdade num inverosímil conto de fadas    

ou ir para o início.

 

Chove

Chove…

.

Mas isso que importa!,

se estou aqui abrigado nesta porta

a ouvir a chuva que cai do céu

uma melodia de silêncio

que ninguém mais ouve

senão eu?

.

Chove…

.

Mas é do destino

de quem ama

ouvir um violino

até na lama.

.

José Gomes Ferreira, Poesia II

Hoje, Dia Mundial da Poesia, deixo-vos com um poema apropriado ao estado do tempo.

Imagem colhida em http://magia em versos.blogspot.pt/2011/07/chuva-cair.html

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

A Primavera    MV  Apelo aos amigos   Pássaro da cabeça

ou ir para o início.

Novo conto publicado

O  meu conto “O rio corria calmo – Uma história de violênciaintegrado no  livro 39 Poemas & Contos contra o Racismo, já está disponível. Podes lê-lo, e guardá-lo em formato pdf (começa na página 116) em http://www.acidi.gov.pt/_cfn/532b149cb464c/live/39+Poemas+e+Contos+Contra+o+Racismo

O rio corria calmoImagem que acompanha o meu conto

Mas antes de leres o meu, lê o conto “Nyambura” (página 98). Endereço os meus parabéns a Ana Paula Oliveira, autora desta história notável.

Agora vou começar a ler os restantes textos publicados.

Brevemente esta obra estará disponível em papel, numa edição não destinada a ser comercializada.

Nas imagens abaixo encontras outros textos que foram publicados em livro (ou estão em processo, sempre longo, de publicação).

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

    Uma história… a feijões ou um fundo de verdade num inverosímil conto de fadas      39 poemas

ou ir para o início.

39 Poemas & Contos contra o Racismo

O livro “39 Poemas & Contos contra o Racismo”, que inclui (na página 116) o meu conto O rio corria calmo – Uma história de violência, será lançado digitalmente no site www.acidi.gov.pt, no dia 21 de março, no âmbito das comemorações do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e do Dia Mundial da Poesia.

Será realizada brevemente uma cerimónia para o lançamento do livro em papel, mas a versão em pdf está acessível, na íntegra, aqui.

Imagem

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:

    Uma história… a feijões ou um fundo de verdade num inverosímil conto de fadas  Prémio Literário Hernâni Cidade   

ou ir para o início.