Refrão 1:
Nasceu tão bela e tão frágil
A nossa democracia
Recordemos esse dia
O vinte e cinco de Abril.
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Vieram os militares
Garbosos nas suas fardas
E o povo aos milhares
Sem medo das espingardas
E os cravos se tornaram
Símbolos da revolução
Nesse dia terminaram
Os tempos de repressão.
E o povo saiu à rua…
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Refrão 2:
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E o povo sai à rua também
Pelo santo António,
Pelo São João
E pelo São Pedro…
Em alegre devoção
Celebrando os seus santos populares
Dias de alegria,
São dias de fé
Vamos a marchar…
Gafanha da Nazaré
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(Refrão 1)
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Findou uma noite escura…
Em revolução serena,
Acabou a ditadura
O povo é quem mais ordena.
Abril abriu as janelas
E as portas à claridade
E a vida entrou por elas,
Em paz e em liberdade.
E o povo saiu à rua…
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(Refrão 2 + Refrão 1)
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Na revolução de um povo
Que ansiava a liberdade,
Abril foi um tempo novo
De paz e fraternidade.
E nas vozes há cantigas
Que alegram novos e velhos
E das mãos das raparigas
Voam os cravos vermelhos.
E o povo saiu à rua…
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(Refrão 2 )
A Lela, responsável do grupo de dança Pestinhas, que organiza a Marcha da Gafanha da Nazaré deu-me o tema e pediu-me que além do tema colocasse uma referência à Gafanha da Nazaré e aos Santos Populares, o que torna o desafio mais difícil.
A autora da música – Carla Lourenço Teixeira- fez um bom trabalho, que ainda me continua nos ouvidos. Eu também lhe compliquei, propositadamente, a vida com dois refrões com métricas diferentes, porque sabia que isso torna a música mais variada e mais rica.
Nunca hei-de perceber os critérios com que fomos avaliados. Fomos castigados porque fomos demasiado realistas, com a utilização muito digna de símbolos, mas que não caíram bem no júri.
Vídeo de uma apresentação no Jardim 31 de Agosto, na Gafanha da Nazaré.
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