“Infância Perdida” de Mia Couto?

11 de junho

Num espaço no facebook de um banco moçambicano, encontrei o meu poema “Infância perdida” publicado como se tivesse sido escrito por Mia Couto. E assim se começa uma bola de neve que pode ser quase imparável. É mais fácil recolher “gostos”, “partilhas” se tiver um nome famoso por baixo, mas o seu a seu dono. Mia Couto não ia gostar de ver o seu nome associado a um poema que não escreveu. Coloquei um comentário, alertando para a situação. Espero que resolva.
Para ser justo, devo usar a mesma brevidade a informar que já foi feita a alteração. Fui informado de que, na pesquisa na internet, aparece com sendo de Mia Couto. Como dizia acima, bastou que alguém tenha feito a identificação errada do autor para se tornar uma bola de neve difícil de controlar.

Publicado em 2013, julgo que já é o meu texto mais visualizado no blogue, tendo ultrapassado “Um susto de história com uma bruxa feia e um gato preto“, publicado em 2009. Só neste mês de junho teve 1196 visualizações, o que para um só texto e num blogue deste tipo é de assinalar.

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:
Trabalho infantil No Senado do Brasil trabalho infantil 2 Com e sem rede Nós somos do mundo Na rua 2
ou ir para o início.

É na escola meu lugar

 

Trabalho infantil

É na escola meu lugar

Criança deve brincar
E a brincar aprender
Por enquanto, sou criança
É na escola meu lugar
O lugar para crescer.

Preciso de alimentar
Esta fome de saber
Por enquanto, sou criança
É na escola meu lugar
E meu trabalho aprender

Hei de um dia trabalhar
E meu trabalho render
Por enquanto, sou criança
É na escola meu lugar
Que preciso de crescer.

Estar com fome e estudar?
Cansado e aprender?
Não foste também criança?
Põe-te então no meu lugar!
É preciso responder?

Não me impeçam de sonhar
Quero estudar, criar, ler
Por enquanto, sou criança
É na escola meu lugar
O lugar para crescer.

João Alberto Roque

Trabalho infantil 2

Depois do texto – o mais visitado do blogue – sobre o trabalho infantil que escrevi há muitos anos (sobre a realidade portuguesa na indústria do calçado, que felizmente pertence maioritariamente à história), volto ao tema, de uma forma mais suave, com este poema. Infelizmente em muitos países do mundo ainda continua a ser um tema bastante pertinente, lembrado especialmente neste “Dia Mundial contra o trabalho infantil”.

Hoje nas escolas portuguesas, quando um aluno vem cansado e sonolento, geralmente a causa não é o trabalho infantil, mas as noites mal dormidas devido à utilização indevida e exagerada das novas tecnologias. Há, no entanto, ainda casos pontuais de exploração do trabalho infantil que importa erradicar. Também não sou adepto do extremo oposto, em que as crianças não colaboram em qualquer tarefa em casa.

Colaborar nas tarefas domésticas, de forma leve, adaptada à idade, e que lhes deixe tempo para o estudo e para o lazer, é também parte da sua aprendizagem para a vida.

Imagens colhidas em:

http://piauihoje.com/noticias/brasil-tem-aumento-do-trabalho-infantil-entre-criancas-de-5-a-9-anos/
https://comdeuseaverdade.blogspot.com/2015/04/ministros-assinam-portaria-que.html

Poderás também gostar de ler estas Infantilidades:
 
  Prioridades 2 Na rua 2 Com e sem rede parque-infantil
 
ou ir para o início.