No teatro, sobre o palco
Posso ser o que quiser:
.
Uma coroa na cabeça
Logo me transformo em rei
Rei de um reino distante
E que nunca visitei
.
Uma pistola de plástico
E sou um ladrão
Que foge às grades
De uma fingida prisão.
.
Cassetete e chapéu
E sou um polícia
Que desvenda crimes
Com grande perícia.
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Um leme de barco
Sou um capitão
De um pedaço de madeira
Que está preso ao chão.
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Ponho uma enxada ao ombro
E sou uma camponesa
Depois mudo de vestido
E já sou uma princesa
.
Faço uma cara de má
Passo a ser uma vilã
E para ser uma ovelha
Visto um casaco de lã
.
Posso ser o que quiser
Mas se a peça acabou
Eu fico muito feliz
De voltar a ser quem sou.
Cecília Roque
Este poema da Cecília venceu, no escalão do 3º Ciclo, o Concurso Literário Jovem promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo.
Foto: dramatização de um texto de Manuel António Pina – “A Arca do Não É” – pela turma do 7.º F da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, no dia Mundial da Poesia. Cecília era o Inventão.
É a segunda vez que a Cecília vence este concurso. Venceu quando estava no 1º Ciclo (4º Ano) com um texto em prosa – Uma aventura no mar – e agora, que está no 7º Ano, na modalidade de poesia.
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